O meu desafio é andar sozinho

Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar

Essa coisa de ser quem somos sempre foi um tanto quanto complicado, mas nada impossível ou restrito a poucas pessoas. Isso de querer ser exatamente o que a gente é ainda vai nos levar além, já dizia Leminski.

Temos tantos sonhos e desejos, qualidades e defeitos, características inconfundíveis. Mas a gente nunca sabe descrever tudo isso, sempre esquecemos de algo. Parece que só temos certeza dos nossos nomes. Por isso que descrição é um saco para nós, meros humanos em fase de descobrimento de si mesmos. Vivemos em uma mudança constante. Quando pequenos, nos perguntavam com certa frequência o que queríamos ser quando virássemos adultos - e a resposta vinha rápido: professora, modelo, ilustradora... Putz, a época das indecisões chegou. A adolescência nos traz muitos questionamentos, inclusive sobre o futuro. Vou querer fazer faculdade de quê? Será que não vou me arrepender e acabar trancando o meu curso? Mas a vida é isso: tentar, ir além, chegar lá e se arrepender da escolha que te trouxe experiências.

Na minha cacholinha, eu imagino que cada fase da nossa vida tem uma magia única. A infância e as comidinhas feitas de areia com água que simulavam massas de bolos, potes com água e espuma (e com algumas pétalas de rosas) que serviam como spa para as bonecas. Ah! Aquelas mesas pequenas com 4 cadeiras coloridas. Vassourinha e rodo pequeninos e por aí vai.

A adolescência é marcada pelo descobrimento de muitas e muitas coisas. E dúvidas que parecem infinitas. E, como estamos vivendo essa fase, prefiro não escrever sobre. E a vida adulta? Ahhh, a vida adulta! Cansativa mas prazerosa, imagino. Aquela sensação de dever cumprido, de independência ao conquistar tal coisa.

Agora só me resta esperar, aguardar o fim de uma fase e atravessar para outra.